quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Analfabetismo funcional

Não é um termo lindo? S2S2S2
Mesmo assim, tem gente que fala e não sabe lá muito bem do que está falando...

Explico: recebi hoje um e-mail "preocupadíssimo" com educação. Fiquei tão puto - não com quem escreveu mas, principalmente, com o rebanho que estava "distribuindo" essa coisa.

Indignado, escrevi uma resposta para a "remetente" mas, como toda interferência que se preze, esta merecia muito ser compartilhada.

Aqui vai.

A CARTA


Evolução da Educação:
Antigamente se ensinava e cobrava tabuada, caligrafia, redação, datilografia...
Havia aulas de Educação Física, Moral e Cívica, Práticas Agrícolas, Práticas Industriais e cantava-se o Hino Nacional, hasteando a Bandeira Nacional antes de iniciar as aulas...

Leiam o relato de uma Professora de Matemática:
Semana passada, comprei um produto que custou R$ 15,80. Dei à balconista R$ 20,00 e peguei na minha bolsa 80 centavos, para evitar receber ainda mais moedas. A balconista pegou o dinheiro e ficou olhando para a máquina registradora, aparentemente sem saber o que fazer.
Tentei explicar que ela tinha que me dar 5,00 reais de troco, mas ela não se convenceu e chamou o gerente para ajudá-la.
Ficou com lágrimas nos olhos enquanto o gerente tentava explicar e ela aparentemente continuava sem entender.
Por que estou contando isso?
Porque me dei conta da evolução do ensino de matemática desde 1950, que foi assim:

1. Ensino de matemática em 1950:
Um lenhador vende um carro de lenha por R$ 100,00.
O custo de produção é igual a 4/5 do preço de venda.
Qual é o lucro?

2. Ensino de matemática em 1970:
Um lenhador vende um carro de lenha por R$ 100,00.
O custo de produção é igual a 4/5 do preço de venda ou R$ 80,00. Qual é o lucro?

3. Ensino de matemática em 1980:
Um lenhador vende um carro de lenha por R$ 100,00.
O custo de produção é R$ 80,00.
Qual é o lucro?

4. Ensino de matemática em 1990:
Um lenhador vende um carro de lenha por R$ 100,00.
O custo de produção é R$ 80,00.
Escolha a resposta certa, que indica o lucro:
(  ) R$ 20,00  (  ) R$ 40,00  (  ) R$ 60,00  (  ) R$ 80,00  (  ) R$ 100,00

5. Ensino de matemática em 2000:
Um lenhador vende um carro de lenha por R$ 100,00.
O custo de produção é R$ 80,00.
O lucro é de R$ 20,00.
Está certo?
(  ) SIM  (  ) NÃO

6. Ensino de matemática em 2009:
Um lenhador vende um carro de lenha por R$ 100,00.
O custo de produção é R$ 80,00.
Se você souber ler, coloque um X no R$ 20,00.
(  ) R$ 20,00  (  ) R$ 40,00  (  ) R$ 60,00  (  ) R$ 80,00  (  ) R$ 100,00

7. Em 2010...:
Um lenhador vende um carro de lenha por R$ 100,00.
O custo de produção é R$ 80,00.
Se você souber ler, coloque um X no R$ 20,00.
(Se você é afro descendente, especial, indígena ou de qualquer outra minoria social não precisa responder, pois é proibido reprová-los).
(  ) R$ 20,00  (  ) R$ 40,00  (  ) R$ 60,00  (  ) R$ 80,00  (  ) R$ 100,00

E se um moleque resolver pichar a sala de aula e a professora fizer com que ele pinte a sala novamente, os pais ficam enfurecidos, pois a professora provocou traumas na criança.
Também jamais levante a voz com um aluno, pois isso representa voltar ao passado repressor (Ou pior: O aprendiz de meliante pode estar armado).

Essa pergunta foi vencedora em um congresso sobre vida sustentável:

Todo mundo está 'pensando' em deixar um planeta melhor para nossos filhos...
Quando é que se 'pensará' em deixar filhos melhores para o nosso planeta?"

Passe adiante!
Precisamos começar JÁ! Ou corremos o sério risco de largarmos o mundo para um bando de analfabetos, egocêntricos, alienados e sem a menor noção de vida em sociedade e respeito a qualquer regra que seja!!!

A RESPOSTA

"
Muito legal, Fulana... 
Vamos rever o que você me mandou…

Leia o que diz o item 6: se a pessoa não sabe ler, não tem como seguir a instrução "se vc não souber ler". Isso não é nem mais contradição, já é um exagero sem nexo ou, como chamamos na língua culta, uma "hipérbole".

Acho vc muito bacana e por isso resolvi avisar. Esse tipo de e-mail é disparado por pessoas sem qualquer preocupação política ou ideológica, seja direita ou esquerda ou centro, e só têm intenção de provocar indignação gratuita e muita desordem.

Um dia, recebi um e-mail dizendo que a P&G (que fabrica o sabão Ariel e as fraldas Johnson) desenvolvia pesquisas fazendo experiências com animais. Procurando no Google, o que já não é grande trabalho, descobri que fábrica era alvo de uma comunidade religiosa concorrente daquela da empresa e já faziam 10 anos que esses e-mails estavam se espalhando, embora as denúncias já tinham sido declaradas como falsas pelas organizações protetoras dos animais.

Então não fica legal compartilhar isso com outras pessoas. Não demonstra nenhuma atitude sensata e muito menos preocupada com educação.


Beijos!

PS: se vc conhece alguém assim tão preocupado com a educação e alfabetização, diga pra ele/ela que existem programas voluntários pra alfabetizar gente carente que, acredite vc ou não, precisa MUITO saber o que anda assinando.
 "

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Summertime


Ontem, hoje e na semana passada tem feito um calor pinicante, entre uma chuva e outra.
Será, leitores, aquilo que estou pensando? Sim, o tempo passou voando, a primavera já entra em seu "segundo round" e logo o sol vem pra valer!

Para entrar no clima, um pouco de nostalgia. Só lembrar aquelas maluquices e verão que a gente fazia quando era mais novo, como virar a noite na praia, sair na sexta para voltar na terça... É, não se precisava trabalhar naquele tempo! =D

O blog mudou de cara porque o verão bem aí. Enquanto ele não chega, vamos matar a saudades curtindo uma trilha daquela época adolescente dos anos 90, com a incrível Janis Joplin, veterana de guerra e outros verões.

http://www.youtube.com/watch?v=zrOA7dLyZlM&feature=fvst

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Twitter vs. Celular


(Só pra constar: isso foi escrito numa terça, ficou no meu desktop uma cara e dias depois voltei pra postar ou jogar no lixo - escolhi a primeira opção, que valia lá pelas duas).

Era um dia de fúria, como toda terça que se preza, e aconteceu o inesperado.

Foi só olhar a página inicial e me perguntei: afinal, para que tenho essas coisas, essas redes sociais? Para que elas servem? Digamos que eu tenha adolescido quando as coisas da moda eram discutidas em grupos ao vivo, nas comunidades locais, nos clubes de tradição folclórica e chutando latinhas no intervalo da escola.

Na mesma hora, pensei em deletar minha twitter account pela segunda vez na vida, quando pensei na real utilidade da coisa. Ora, se meu orkut ainda está vivo porque serve de museu para as amizades que tive no passado - acreditem, hoje não sou capaz de fazer a metade delas no dobro do tempo - então o twitter também serve lá para alguma coisa. No caso, mandar perguntas pertinentes, em mensagens fechadas, para algum contato que ainda funciona.

Lembro de quando meu telefone funcionava com regularidade e eu o utilizava para fazer todas essas coisas: falar do tempo, reclamar da vida, dizer que estava trabalhando muito naquele dia, contar novidades e fazer perguntas pertinentes quando era o caso. Quer dizer, este último: buscar a informação diretamente com quem a tivesse.

Foi a conclusão: uso menos telefone porque tuíto. E tuíto bastante porque não me dou ao trabalho de investir em uma linha decente, com pacote ilimitado de horas e mensagens, para eu falar a droga que quiser. Além do mais, o tuiteiro do outro lado pode estar dormindo, comendo, fazendo amor, e não vai se incomodar com o meu inconveniente tuitonema.

Bem, se o twitter veio ao mundo para se dar bem tanto no PC quanto nos smartphones, acho que saiu melhor que a encomenda.

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Fora da Casinha


Na primeira vez que ouvi essa expressão me senti um bicho de outro planeta.

Alguém comentou, num amontoado e vendedores e pessoas "super-hiper-mega(wtf?)-blaster(wtf-2?)-motivadas" e cheias de sucesso e eficácia: "O João hoje está fora da casinha". Fiquei olhando aquela criatura patética, movida a comissões e com a língua mais ágil que os neurônios, pensando desconcertado.

Mas que diacho... ela queria que eu estivesse em uma casinha? E no lado de dentro?

Demorei um tempo pra entender a expressão. Até agora não acredito que é verdade. Se o sujeito está variando, comprometendo a frágil e verbal estrutura social de um clubinho... ele está "fora da casinha". Quer dizer, está extrapolando seu pequeno universo e perturbando a paz (???) alheia.

Meu... sou claustrofóbico.
Se eu tivesse que ficar preso em uma casinha, com certeza ficaria louco.
Como dizem os fãs de Arquivo X, "a verdade está lá fora".

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Atitude Política

Curitiba, 04 de Outubro de 2010.


Lá se passou mais um dia de eleições gerais. Li agora há pouco um excelente texto de Ivan Lessa pela BBC - bonito e pontual, apesar do prolixismo senil "jornalístico-pré-internet"; do tempo em que construir montanhas-lego de intertextualidade era sinal de refinamento linguístico.

Tá, e os resultados?

Bem, independentemente das "lições das urnas", conforme criticava o Lessa, o principal resultado pode ser visto na rua da minha casa. Uma montanha de papéis jogados fora, impressos em multicores, alguns de melhor qualidade ou maior gramatura - árvores mortas, esgotos entupidos, enchentes.

E aí vem nossa lição eleitoral do dia. O que fazer agora, a gente que tem vergonha na cara, com uma "frente-de-casa" tão suja e desagradável? Bem, pergunte a uma vassoura qualquer - sua própria finalidade responde sem hesitação.

A moral da história é exatamente essa, que nossos presidentes também precisam aprender. Passou o tumulto? Ótimo. A turba se vai, deixa a sujeira e a gente decente, que não a quer, pega a ferramenta e a tira dali. Limpar a sujeira alheia? Claro! Uma vez que a falta de educação e o senso de propósito coletivos deixam a caca na porta de sua casa ou em lugares públicos, a sujeira não é mais alheia. Ela é sua também.

Portanto, gente com miolos que captou esse interferência, procurem uma vassoura e mãos à obra. É a melhor maneira de refletirmos sobre atitude política em si, zelarmos pelo meio ambiente (inclusive o urbano, não só as baleias azuis) e descobrirmos quando algum setor público ou que nós contratamos está sendo... digamos... desnecessário.

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Qual é a sua mídia?


Teste engraçadinho e descolado (#not) para você descobrir seu perfil. Se você fosse uma mídia, qual delas você seria?

Leia os perfis abaixo, faça um autorretrato com fundo do lugar que você frequenta e divulgue na internet para todo o seu clubinho!


TV - Você fala um monte de besteiras, gesticula o tempo todo, tenta chamar a atenção de todo mundo com seu visual bizarro e raramente ouve o que outros têm a dizer.

Rádio - Você faz jogos de palavras com tudo. Nenhum fato é levado a sério, uma vez que palavras são ambíguas e podem ser usadas para qualquer propósito - sendo que só a sátira vale a pena. Você até conversa com os outros, mas se o papo fica sério você manda logo uma invertida e volta a rir outra vez.

Jornal - Suas palavras são empoladas para que poucos entendam. Somente formadores de opinião tem o privilégio de conversar com você, por meio de carta, quando o assunto convém ao momento.

Revista segmentada - Você é especialista em um único assunto. Partidário fiel das tribos urbanas, você conhece o comportamento e as tendências de consumo de um único segmento da sociedade.

Revista semanal - Você AMA gente famosa e futilidades! E pode não parecer mas sim, você TEM uma posição política. E ai de quem discordar: você logo convence Deus e o mundo de que o cara é um ditador.

Outdoor - Você se veste com estilo para que as pessoas logo reconheçam a que tribo você pertence. Nunca fala com estranhos: somente com o cabeleireiro e com o maquiador.

Flyer - Você está por toda parte, falando pelos cotovelos, mas ninguém lhe dá valor. Quando precisam se informar de algo, no entanto, sempre perguntam: cadê o Zezinho quando a gente precisa dele?

Blog - Você fala pouco e logo sai de cena: é porque a discussão vai começar. Quando o assunto esfria, você logo põe lenha porque a graça mesmo é ver o circo pegar fogo.

Orkut - Você adora fazer testes em revistas e na internet para conhecer o seu perfil, o de seu namorado, o de sua melhor amiga e o das pessoas invejosas que você conhece. Sua vida é um livro aberto e você não tem nada a esconder de ninguém. Nada MESMO. Sorte do dia: sua fama faz a minha inveja.

Site corporativo - Você só conhece palavras como eficiência, sucesso, vitória e competitivo. Seus olhares bajulam pessoas de boa aparência e com bolso - aparentemente - recheado e humilha os "zé ninguém" que insistem em cruzar o seu caminho. Para não se enganar na aparência, você levanta logo um "cadastro" de dados pessoais do interlocutor e vê se ele se encaixa no perfil dos vencedores.

Twitter - Você fala o que pensa na hora em que bem entende. Se alguém rouba as palavras da sua boca você logo diz em alto e bom som: "Viram só? O fulano é dos meus!"

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Umbrella Rocks!



Quem gosta de Rock'n'roll essencial vai vibrar under my umbrella.

Calma, não é trocadilho infame. Apesar de que a música é aquela famosa, que mesmo que fosse legalzinha você pegava de tanto ouvir no rádio, fizeram uma versão old school que ficou muito bem colada, tanto pelo ritmo quanto pela letra bobinha.

Curti.